sexta-feira, 26 de julho de 2013

Um pouco sobre problemas nos ovários e tratamento!

Olá meninas, hoje resolvi escrever, faz tempo que não faço nenhum artigo, e o artigo de hoje resolvi abordar o tema, SOP, SOMP, e demais... Afinal é um dos problemas mais comuns nas mulheres que lutam pela tão sonhada gravidez!
Os ovários policísticos ou microcísticos acontecem por uma disfunção hormonal na mulher, que produz uma maior quantidade de hormônios masculinos, produzindo cistos ou microcistos nos ovários, geralmente mais que 10 em cada ovário por ciclo. Cerca de 20 a 30% das mulheres em idade fértil tem ovários policísticos, mas só 5 a 10% delas tem a síndrome desenvolvida, ou seja, a grande maioria não tem nenhum sintoma e só descobre que tem quando fazem um ultrassom. Pois é, a maioria das mulheres que tem ovários policísticos é assintomáticas (não tem nenhum sintoma), tem ciclo regulado, não é obesa, não tem pele oleosa, ...

 Já as que desenvolvem a síndrome geralmente tem pêlos excessivos, acnes, obesidade e/ou infertilidade, além da irregularidade menstrual. Quem tem ovários policísticos menstrua em média 1 vez a cada 2 ou 3 meses. É considerada uma doença crônica, que geralmente surge na adolescência e tende a se normalizar após os 35 anos, mas não é regra, algumas mulheres desenvolvem mais tardiamente, ou mesmo, por não terem sintomas anteriormente, acabem descobrindo mais tarde. As causas ainda são estudadas, mas as possibilidades são: má funcionamento da hipófese, alterações cromossômicas e aumento da insulina no sangue.

Muitas mulheres tem dúvida em relação a diferença entre síndrome de ovários policísticos e síndrome de ovários microcísticos, ou micropolicísticos, a diferença é apenas no tamanho e números de cistos, no restante é a mesma coisa. Quanto à fertilidade, os ovários policísticos podem causar irregularidade ou falta de ovulação, por isso é tão importante a avaliação médica correta quando a mulher decide engravidar. Cerca de 25% das mulheres que tem ovários policísticos conseguem engravidar sem tratamento.

 O tratamento, na maioria dos casos, é simples, mas depende da avaliação médica para ser definido. Para diagnosticar corretamente e definir o melhor tratamento o médico solicita exames de LH, FSH, Estradiol, Progesterona, Testosterona, Insulina e ultrassom. Os exames de Estradiol e Progesterona são feitos em 2 ou 3 dosagens no mesmo ciclo, para avaliar se há ou não ovulação. Nas mulheres com ovários policísticos a relação entre os hormônios LH e FSH é maior que um e meio, ou seja, LH / FSH > 1,5.

 O tratamento pode feito com anticoncepcional, principalmente quando há muitos cistos que estejam impedindo à ovulação ou quando a mulher não está tentando engravidar. Complementam o tratamento uma dieta equilibrada e exercícios físicos, que ajudam na regularidade hormonal e na perda de peso, quando é necessário. Quando a mulher está tentando engravidar, o procedimento habitual é tratar por 3 meses com anticoncepcional para limpar os ovários e depois medicação para estimulação da fertilidade. Quando há resistência à insulina a metformina pode ser um bom tratamento, pois esta alteração deixa os folículos mais duros dificultando ou impedindo que eles se rompam e gerem o óvulo.

 Com o tratamento com metformina essa espessura é regularizada e a ovulação acontece, sem resistência. A metformina tem um melhor efeito a partir do 2 ou 3º mês de uso, sendo a dosagem avaliada pelo médico conforme a resposta ao tratamento, sendo necessários um controle de ovulação para isso. Também pode ser combinada com o indutor de ovulação a base de citrato de clomífeno, geralmente é indicado nos casos em que só a metformina não fez a mulher ovular. Em casos mais crônicos, em que a metformina e a indução de ovulação não surtiram efeito, é preciso uma avaliação com um especialista em fertilidade para um tratamento mais especializado com indutores injetáveis, coito programado, inseminação artificial e/ou fertilização in vitro em casos do homem também ter problemas de fertilidade.

 Mulheres com ovários policísticos, possivelmente, tem mais chances a aborto, devido a irregularidade hormonal, por isso geralmente no tratamento é também indicado a complementação de estrogênio e progesterona. O ácido fólico também deve ser tomado todos os dias, ajudando a evitar má formações do feto e aumentado a qualidade dos óvulos. Outro fator que pode ajudar muito no tratamento é o acompanhamento paralelo entre o ginecologista e o endocrinologista, sendo que a sintonia entre eles é fundamental. Para quem está tentando engravidar, além do tratamento específico para ovários policísticos, é importante tomar ácido fólico, que o marido também faça espermograma e após 1 ano de tentativas, a mulher faça uma histerossalpingografia para avaliação das trompas.

 ATENÇÃO:

 NUNCA tome nenhuma medicação sem acompanhamento e prescrição do médico, pode trazer riscos sérios à sua saúde! 

 Pâmela;
 Blog: A espera do meu MILAGRINHO!


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